Em governos anteriores houve intensa mobilização dos policiais militares buscando um tratamento isonômico com os policiais civil. Não é lógico admitir que na mesma secretaria de estado o pessoal envolvido nas atividades de segurança pública tenham tratamento diferentes. Fica pior, ainda, a situação quando essa diferenciação ocorre no momento em que se prega a integração entre as instituições policiais.
A política salarial da área da segurança pública tem se mostrado um verdadeiro desastre e tem se apresentado como fator desagregador e desmotivador. O descontentamento visível nos quadros da Polícia Militar se reflete, fatalmente, no resultado de seu trabalho.
É verdade que a instituição é disciplinada e obediente. Sempre se conduziu dentro dos princípios da hierarquia e disciplina deixando que suas reivindicações e pleitos sejam conduzidos pelo seu comandante que, reconhecemos, é referem de uma política de governo.
Na condição de presidente do Clube dos Oficiais mantivemos encontros com a Secretaria da Administração em outubro de 2.008. Naquela ocasião a secretária nos informou que todos os estudos para as melhorias da PM estavam prontos, que ela só aguardava a ordem do governador para dar continuidade no processo. Disse, ainda, que no ano (2.008) estava impraticável, mas que para o início de 2.009 o problema estaria resolvido, pois os recursos necessários para atender o pleiteado já estavam alocados no orçamento. Passou um ano e não tivemos resposta até hoje. A secretaria diz que precisa da ordem do governador, que tudo está pronto. O governador diz que a secretária não encaminhou o projeto. E nós somos enganados o tempo todo.
Em abril, quando o Clube dos Oficiais convocou uma Assembléia Geral Extraordinária para discutir a situação salarial houve a tentativa por parte do Secretário de Segurança Pública em abortar tal mobilização. Na ocasião disse que o assunto deveria ser resolvido nos próximos trinta dias. Até hoje não houve resposta alguma.
A Assembléia do Clube continua em aberto. Não foi decidido qual o caminho a seguir, pela manifestação dos Oficiais mais antigos e da reserva remunerada.
O policial militar não pode fazer greve. Mas tem direito a férias e licença especial. O Estado tem a obrigação de conceder esses direitos legítimos dos policiais militares. É preciso evitar a negativa com o argumento da absoluta necessidade de serviço. Quem não paga o justo não pode exigir excesso de trabalho.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Fui um dos únicos Oficiais da ativa a participar de todas as sessões da assembleia geral extraordinária - que, aliás, não foi encerrada - na qual foi decidido que deveríamos publicar o manifesto aprovado por todos.
ResponderExcluirSou da opinião que tal documento deva ser publicado imeidata e reiteradamente. Conheço as dificuldades financeiras do clube. Sugiro que os Oficiais se cotizem para pagar as despezas de publicação.
No manifesto não há nenhuma forma de insubordinação ou afronta, somente fatos verdadeiros, os quais devem ser ditos, não somente no manifesto, mas em conselhos comunitários de segurança, em entrevistas de rádio e tv e sempre que nos for dada oportunidade.
Alex Erno Breunig, Cap. QOPM.