Recebi uma mensagem e pretendo omitir a fonte. Mas as opiniões inseridas no texto estão enraizadas entre os Oficiais. Ninguem esconde mais a angustia, o descontentamento e a frustração pela promessas não cumpridas até o momento. O emissário conseguiu traduzir muito bem o pensamento coletivo.
"Sabemos como começa e não sabemos como termina.......vamos apurar o petiço moçada....ou agimos com firmeza, coesão, esquecendo as vezes os interesses individuais....ou......já sabemos o finalll.....abraço em todos.,"
"Camaradas Policiais Militares
Como foi amplamente divulgado na mídia, hoje, nossa co-irmã, Polícia Civil está deliberando um movimento de greve, que deve eclodir nos próximos dias. Justas devem ser suas reivindicações salariais. Porém, nós policiais militares, já sabemos de antemão o que vai acontecer: logo que eles pararem, nós seremos acionados pelo governo para assumir o trabalho nas delegacias, realizando o trabalho de polícia judiciária, protegendo o patrimônio público, realizando investigações, instruindo inquéritos e guardando a carceragem.
E, instituição forte que somos - a PMPR -, porém desprovidos de poder de movimentação e vontade, como um grande leão amarrado com um barbante, vamos mais uma vez nos curvar à vontade política, assumindo ônus que nos sobrecarregará, sem que consigamos qualquer bônus decorrente da nossa atividade em substituição à outras instituições, quando há ameaça à ordem pública.
É sempre da mesma forma: atuamos em penitenciárias, na guarda de presos, realizamos investigações, trabalhamos na segurança de juízes, delegados de polícia federal, promotores etc. Trabalhamos no GAECO, no poder judiciário, com a Receita Estadual e Federal, com a Guarda Nacional. Porém, percebemos salários muito inferiores aos agentes penitenciários, delegados de polícia civil e federal, promotores etc.
Massa de manobra – disponível e barata – é o que somos.
E, só para aclarar a memória dos companheiros, trago novamente a discussão (já amplamente conhecida e detalhada por todos nós) sobre nossas esperanças de reajuste salarial: há mais de três anos o governo – e o governador pessoalmente, conforme divulgado pela própria agência de notícias oficial – prometeram equiparar os salários dos Oficiais da PM aos salários dos Delegados de Polícia Civil, além de proporcionar algum ganho aos demais escalões.
Ocorre, porém, que até hoje, já em fevereiro de 2010, nada aconteceu. Mais uma vez, leão acovardado ou talvez sorumbático, estamos nós sendo enganados, iludidos açoitados. Projetos e estudos foram feitos aos rodos, empurrando nossa correção para a frente. Talvez para o nunca. A falta de recursos no tesouro, a crise, outras prioridades de governo serviram de desculpa para nos manter calados, sob a escolta facilitadora da hierarquia e disciplina que facilita a vida dos governantes. Não somos sindicalizados e não fazemos barulho.
A crise passou, as finanças públicas se normalizaram, oficiais de comando incapazes foram embora e nós continuamos com os nossos vencimentos iguais.
Se não nos for concedido o reajuste – votado na Assembléia e sancionado pelo governador – até o final de março, a legislação eleitoral impedirá o feito.
Portanto, é hora de movimento e luta. Luta limpa, digna e justa, respeitando o nosso empregador, o povo do Paraná. É hora de demonstrar descontentamento frente à injustiça a que estamos sendo submetidos. É só observar na página do governo do Paraná a diferença gritante entre os nossos salários e dos companheiros policiais civis. Basta acessar www.pr.gov.br e verificar a disparidade entre nossos vencimentos e os da co-irmã. Faça seu protesto respeitoso.
Ou, mais uma vez, eles entrarão em greve, a PMPR trabalhará e eles serão novamente contemplados com aumento salarial enquanto nós estaremos sentados ao meio fio, brincando de ver o mundo correr, enquanto sonhamos com o que não virá, pela nossa omissão, preguiça e covardia.
Avante PMPR!"
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário